O ex-presidente embarcou no Aeroporto
de Cumbica, em São Paulo, onde fez exames de corpo de delito após prisão. Ele
desembarcou na Base Aérea do Galeão, onde o ex-ministro Moreira Franco estava.
Por G1
Rio

Michel Temer na sede da PF no Centro do Rio — Foto: Reprodução/TVGlobo
Preso nesta
quinta-feira (21) em São Paulo, pela Força-Tarefa da Lava Jato no Rio, o
ex-presidente Michel Temer chegou
à Superintendência da PF no Rio por volta das 18h38. Na porta do prédio havia
um grande número de jornalistas e alguns manifestantes com cartazes. Alguns
chegaram a dar tapas e socos em viaturas do comboio da PF.
Temer foi trazido de São Paulo
em um avião da Polícia Federal, do aeroporto de Cumbica, em
Guarulhos e desembarcou na Base Aérea do Galeão. O juiz da 7ª Vara Criminal
Federal Marcelo Bretas aceitou o pedido da defesa para que o ex-presidente
fique preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal, no Centro do
Rio.

Michel Temer entra em avião que o levará ao Rio de Janeiro — Foto:
Reprodução
O ex-ministro da
Casa Civil Moreira Franco, também
preso na Estrada do Galeão pela Força-Tarefa da Lava Jato no final da manhã
desta quinta-feira (21) foi levado para a delegacia da PF no Aeroporto Tom
Jobim, o Galeão. Em seguida, encaminhado no mesmo comboio de Temer para a
Superintendência da PF.
Inicialmente, o
juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, tinha determinado que Temer
ficasse preso na Unidade Prisional Especial da PM, em Niterói. O magistrado,
porém, acabou atendendo pedido da defesa, alegando isonomia com o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, e permitiu sua prisão em uma sala
na Polícia Federal.

Momento em que o ex-ministro Moreira Franco é preso no Rio — Foto:
Reprodução/TV Globo
O ex-ministro e
ex-governador do Rio de Janeiro Moreira Franco, preso na mesma operação, deverá
ser levado para a Unidade Especial Prisional (BEP) quando sair da superintendência.
No local está preso desde novembro do ano passado o ex-governador Luiz Fernando
Pezão.
A PF cumpria
mandados contra mais duas pessoas na tarde desta quinta. Os mandados foram
expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio,
responsável pela Lava Jato no Rio de Janeiro.
As prisões de
Moreira e Temer são preventivas e tiveram como base a delação de José Antunes
Sobrinho, dono da Engevix.
O empresário disse
à Polícia Federal que pagou R$ 1 milhão em propina, a pedido do coronel João
Baptista Lima Filho (amigo de Temer), do ex-ministro Moreira Franco e com o
conhecimento do presidente Michel Temer. A Engevix fechou um contrato em um
projeto da usina de Angra 3. A investigação é um desdobramento das operações
Radioatividade, Pripyat e Irmandade.
De acordo com a
investigação, que apura os crimes de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro,
pagamentos ilícitos foram feitos por determinação de José Antunes Sobrinho para
o grupo criminoso liderado por Michel Temer, assim como possíveis desvios de
recursos da Eletronuclear para empresas indicadas pelo grupo.
Segundo a
Força-Tarefa, Temer é chefe de uma
organização criminosa que atua há 40 anos no Rio de Janeiro.
"Michel Temer é o líder da organização criminosa a que me referi, e o
principal responsável pelos atos de corrupção aqui descritos", afirmou o
juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, na sentença.
Temer falou por
telefone ao jornalista Kennedy Alencar, da CBN, no momento em que havia sido
preso. O
ex-presidente afirmou que a prisão "é uma barbaridade".
Já a defesa de
Moreira se pronunciou em nota. “A defesa de Wellington Moreira Franco vem
manifestar inconformidade com o decreto de prisão cautelar. Afinal, ele
encontra-se em lugar sabido, manifestou estar à disposição nas investigações em
curso, prestou depoimentos e se defendeu por escrito quando necessário. Causa
estranheza o decreto de prisão vir de juiz de direito cuja competência não se
encontra ainda firmada, em procedimento desconhecido até aqui”.
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